Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 2: O casamento bíblico
Data: 14 de Abril de 2013
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
VERDADE PRÁTICA
O casamento é uma instituição divina, sendo
constituído pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher:
monogâmico e heterossexual.
HINOS SUGERIDOS
186, 192, 210.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 7.1,2
Uma mulher, um marido
Terça - Ef 5.25-27
Ao marido: o amor faz sacrifícios
Quarta - Ef 5.22-24
A mulher: participante da mesma missão
Quinta - 1 Tm 3.2
O bispo: marido de uma mulher
Sexta - Gn 2.24
A monogamia é o modelo divino para o casamento
Sábado - Gn 29.21-23,28-31; 30.1-10
A poligamia e as suas tragédias
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 1.27,31; 2.18,20-24.
Gênesis 1
27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
31 - E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.
Gênesis 2
18- E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
20 - E Adão pôs os nomes a todo
o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem
não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 - Então, o SENHOR Deus fez
cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas
costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição você ensinará a respeito
do casamento. No decorrer da semana, leia o texto bíblico com atenção e
medite na bênção que é o matrimônio. A união entre um homem e uma mulher
não é somente para a perpetuação da raça humana, mas para a formação da
família, a instituição mais importante de uma sociedade. O casamento
tem sido atacado violentamente pelo Diabo. O número de divórcios, até
mesmo entre os crentes, vem aumentando. O matrimônio é uma aliança
divina, um sacramento indissolúvel. A igreja do Senhor Jesus, como
“coluna e firmeza da verdade” deve trabalhar em favor da família,
defendendo o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Analisar os princípios da monogamia.
- Explicar os princípios da heterossexualidade.
- Conscientizar-se da indissolubilidade do casamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje sugerimos que
reproduza o gráfico abaixo em cartolina. Leve-o para a classe e fixe-o
em um lugar que poderá ser visualizado por todos durante o período desse
trimestre. De acordo com o gráfico, explique aos seus alunos o que a
Palavra de Deus ensina a respeito do casamento. Diga que os princípios e
propósitos do Todo-Poderoso para o matrimônio não mudaram e jamais
mudarão.
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O CASAMENTO
Gênesis 2.18-24 — O casamento é uma ideia de Deus.
Gênesis 24.58-60 — O compromisso é essencial para um casamento bem-sucedido.
Gênesis 29.10,11 — O romance é importante.
Jeremias 7.34 — O casamento proporciona momentos de imensa felicidade.
Malaquias 2.14,15 — O casamento cria o melhor ambiente para a educação dos filhos.
Mateus 5.32 — A infidelidade quebra o vínculo da confiança, que é a base de todos os relacionamentos.
Mateus 19.6 — O casamento é permanente.
Romanos 7.2,3 — O correto é que apenas a morte dissolva um casamento.
Efésios 5.21-33 — O casamento está baseado nos princípios práticos do amor, não em sentimentos.
Efésios 5.23-32 — O casamento é um símbolo vivo de Cristo e a Igreja.
Hebreus 13.4 — O casamento é bom e honroso.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Casamento: É a união legítima entre um homem e uma mulher.
As Escrituras ensinam que homem e mulher foram
feitos “à imagem de Deus” (Gn 1.27). Após Deus formar o homem (Gn 2.7),
formou também a mulher (v.22). Essa foi a segunda grande decisão divina
no tocante à existência da humanidade. Deus uniu o homem à mulher,
instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raça
humana, mas para a formação do casal e, consequentemente, de toda a
família.
I. O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1. Monogamia x Bigamia. A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamós
(casamento), significando um único homem para uma única mulher. Desde o
Gênesis, vemos a monogamia como o modelo de união arquitetado por Deus
para o casamento e a formação da família (Gn 2.24). Porém, o primeiro
registro da bigamia também está no livro dos começos — Lameque, filho de
Metusalém (Gn 4.18; 5.25), por razões não explicadas, teve mais de uma
esposa (Gn 4.19). Tempos depois, Esaú, filho de Isaque, desobedeceu a
Deus e casou-se com duas mulheres heteias (Gn 26.34,35). No primeiro
livro de Samuel, temos o caso de Elcana que tinha duas mulheres. O
resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (1 Sm
1.4-8).
2. A poligamia torna-se comum. Abraão
incorreu nesse grave erro. Por sugestão de sua mulher, Sara, que era
estéril, o pai da fé uniu-se a Agar, serva de sua esposa. Era o
concubinato acontecendo na família de Abraão (Gn 16), vindo Ismael a
nascer como fruto daquela relação. Transtornos familiares, históricos e
espirituais foram inevitáveis naquele clã. Isaque, considerado filho da
promessa, casou-se aos 40 anos, com uma esposa escolhida por seu pai, e
preferiu viver um casamento monogâmico, honrando Rebeca, sua esposa, e
principalmente, honrando ao Senhor.
O Antigo Testamento descreve a poligamia e as suas
tragédias na vida de Jacó (Gn 29.21-23,28-31; 30.1-10) e na dos reis de
Israel (1 Rs 11.4,7-9).
3. Em o Novo Testamento, a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo.
Certa feita, os fariseus aproximaram-se de Jesus e interrogaram-no se
era lícito ao homem repudiar a “sua mulher” por qualquer motivo (Mt
19.3). Note que eles não perguntaram “deixar suas mulheres”. A resposta
do Senhor remonta às origens do casamento e da própria criação (Mt
19.5,6 cf. Gn 2.24). Jesus refere-se apenas a “uma” esposa, e as
epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse tema.
a) Uma esposa e um marido. Não há nada tão
claro quanto à monogamia nos ensinos do apóstolo Paulo. Aos coríntios,
por exemplo, ele ensinou que cada um deve ter a sua própria mulher e
esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara contra a
prostituição.
b) A harmonia conjugal. Na epístola aos
Efésios, Paulo ensina a submissão da esposa ao marido. Ao marido, ele
exorta a amar a sua esposa, como Cristo amou a Igreja, sacrificando-se
por ela (Ef 5.25; Cl 3.19). Aqui, a harmonia conjugal é um dos fatores
que reforçam a monogamia, e ambas são valorizadas conforme o plano
original de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher.
c) A monogamia na liderança cristã. Para os líderes da igreja, Paulo exorta: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher”
(1 Tm 3.2 — sem grifos no original). O diácono também deve ser “marido
de uma mulher” (1 Tm 3.12). A liderança deve ser o exemplo dos fiéis em
tudo, e esse exemplo inclui o casamento (1 Tm 4.12).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A monogamia é o modelo de união arquitetado por Deus para a humanidade.
II. O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
1. “Macho e fêmea os criou”. Deus criou “o
homem”, um ser masculino (Gn 1.26), e também fez a mulher, um ser
feminino (Gn 1.27). Em outras palavras, Deus não uniu dois machos ou
duas fêmeas. Não! Ele uniu um homem com uma mulher, demonstrando a
natureza e o padrão divino da heterossexualidade. As Santas Escrituras
são claras ao condenarem — assim como o adultério, a prostituição, a
perversidade, a idolatria, a mentira, o falso testemunho etc. — a
prática do homossexualismo, quer masculino, quer feminino (Lv 18.22; Rm
1.26).
2. “E se unirá à sua mulher”. Após realizar o
primeiro casamento, o Criador disse: “Portanto, deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn
2.24). Veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem a respeito da sua
vocação heterossexual: “apegar-se-á à sua mulher”. Por isso, olhemos
para as Escrituras e olhemos para o ciclo da vida humana e,
inequivocamente, concordaremos: se não fosse a união heterossexual,
promovida por Deus, desde o princípio, a raça humana não teria
subsistido.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus uniu o homem e a mulher para demonstrar o padrão divino da heterossexualidade.
III. A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1. Uma só carne. A fim de proporcionar uma
vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união histórica,
indissolúvel e permanente (Gn 2.24). O matrimônio entre homem e mulher
seria para sempre! Tristemente, o pecado ruiu o princípio divino da
continuidade do casamento, trazendo o divórcio e separando famílias. O
plano de Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de
Jesus: “o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6).
2. A porta de entrada para o divórcio. Há
situações em que a falta de união e de amor no casamento, talvez
motivados pela desobediência a Deus, pelo orgulho e pela falta de
perdão, fazem a convivência do casal tornar-se uma grande fachada. Por
conveniência, o casal apresenta-se à sociedade ou à igreja local numa
aparente alegria matrimonial, mas na intimidade, a união tornou-se
insuportável. É necessário que a Igreja esteja pronta para auxiliar os
casais que passam por crises conjugais, e motivá-los sempre a
permanecerem unidos em um amor não fingido, mas solidificado e
resistente às contrariedades que possam existir no dia a dia.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Foi o Criador quem planejou o matrimônio, uma união indissolúvel e permanente (Gn 2.24).
CONCLUSÃO
O casamento heterossexual nunca foi tão atacado como
no presente tempo. Em nossa sociedade, leis e normas que atentam contra
a Lei de Deus são elaboradas sob o argumento de que o Estado é laico. E
deve ser mesmo! Mas entre ser laico e desrespeitar princípios ordenados
por Deus desde a criação há uma grande distância. Neste aspecto, a
Igreja do Senhor Jesus deve ser a “coluna e firmeza da verdade” e
guardiã dos princípios morais e cristãos, denunciando o pecado e
acalentando os corações feridos. Assim, defendemos que o casamento
monogâmico, heterossexual e indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e
honrado nas esferas públicas de relacionamento.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GILHAM, A.; Bill. Conversas francas sobre o casamento. 7 ed., RJ: CPAD, 2012.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
EXERCÍCIOS
1. Qual a origem da palavra monogamia?
R. A
palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamós
(casamento), significando um único homem para uma única mulher.
2. Quem deu início à bigamia?
R. Lameque, filho de Metusalém.
3. O que Pauto ensinou aos casados da igreja de Corinto?
R. Aos
coríntios, o apóstolo Paulo ensinou que cada um deve ter a sua própria
mulher e esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara
contra a prostituição.
4. De acordo com a lição, quem Deus uniu para embasar a heterossexualidade?
R. Homem e mulher.
5. O que pode fazer a convivência no casamento tornar-se uma grande fachada?
R. A falta de união e de amor.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Da indissolubilidade
A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua
origem: ‘Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à
sua mulher, e serão ambos uma só carne’ (Gn 2.24). O Senhor Jesus
Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do
casamento: ‘Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou não separe o homem’ (Mt 19.5,6). É uma união íntima entre
duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de
viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social.
Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma
intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as
três pessoas da Trindade.
O voto solene de fidelidade um ao outro ‘até que a
morte os separe’, que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento,
não é mera formalidade. Isso tem implicações profundas diante de Deus:
‘Porque o SENHOR, foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade’
(Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é diante de Deus,
independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso diz
respeito ao casamento per si, vinculado de maneira intrínseca à
sua natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança ‘até que a morte
os separe’” (SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2011, pp.16-7).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Casamento Bíblico
O padrão para o matrimônio bíblico é que seja
realizado entre um homem e uma mulher. E dentro dessa única e correta
perspectiva, há mandamentos diretos para ambos os cônjuges.
Para o homem, Deus ordena que seja amoroso para com
sua esposa, da mesma forma que Cristo o foi com a Igreja: Ele se
entregou à morte por ela. Ele morreu para que ela pudesse viver, e Ele
cuida de tal forma dela que a apresentará “gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27). Isso
nos mostra que Jesus não utiliza de seu poder para subjugar a Igreja ou
para dizer que ela precisa ser submissa (como alguns homens fazem,
anulando a opinião de suas esposas, como se elas fossem incapazes de
serem ajudadoras), mas mostra que há comunhão entre Jesus e a Igreja, a
ponto de o amor fazer a diferença. Paulo diz que “Quem ama a sua mulher
ama-se a si mesmo” (Ef 5.28). Para Deus, a forma com que o esposo trata a
esposa é tão importante que pode impedir as orações dele, se ele dera
sua esposa um tratamento injusto ou desonrá-la.
Para a mulher, Deus espera que seja uma ajudadora e
uma pessoa submissa. Ajudadora no sentido de cooperar com seu esposo, de
ajudá-lo a tomar decisões à luz da Palavra de Deus, de cuidar do lar
(até da economia doméstica, como a mulher virtuosa de Provérbios 31), de
cuidar dos filhos e acompanhar sua educação e crescimento. É evidente
que, em nossos dias, o papel da mulher tem ido além dessa descrição
bíblica, pois o público feminino tem entrado no mercado de trabalho com
força e capacidade generosas. Há mulheres que foram abandonadas por seus
esposos, e que tiveram de ir atrás de recursos para suster suas
famílias. Há outras que ficaram viúvas, e outras ainda que não chegaram a
constituir uma família formalmente, pois, após a gravidez, o pai da
criança negou-se a assumir sua parte como pai e provedor. Há ainda
mulheres que desejam ser independentes financeiramente, e vão em busca
de seus objetivos. Há, portanto, diversos motivos que empurram as
mulheres para o mercado de trabalho.
Deus não aprova a bigamia, nem qualquer tentativa de
conciliar a convivência conjugal de um homem e duas mulheres ou de uma
mulher e dois homens. Essas coisas ofendem o padrão estabelecido por
Deus para o casamento. Mesmo os homens de Deus descritos na Bíblia como
tendo mais de uma esposa, como Abraão, Jacó, Davi ou Salomão, nunca
foram felizes em seus casamentos por desrespeitarem o princípio divino
da monogamia.
Disponibilizamos a todos, que, quiserem aprender a Palavra de Deus através das Lições Bíblicas Jovens e Adultos da CPAD. Da Escola Bíblica Dominical, faça bom uso da Palavra de Deus através das Lições. Mas por favor, não modifiquem o conteúdo das lições postadas neste blog, e, indiquem a fonte em nome de Jesus!Fonte: Estutantes da Bíblia
Peço a todos irmãos em Cristo pelo o'atraso da postagem da lição, estou com problema no sistema. Deus abençoe!