Titulo: Elias
e Eliseu – Um ministério de poder para toda a Igreja
Lição
3: A Longa Seca Sobre Israel
Data: 20 de Janeiro de 2013
TEXTO
ÁUREO
"E
se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a
minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus,
e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra"
(2
Cr 7.14).
VERDADE
PRÁTICA
A
longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a
soberania divina sobre os homens.
HINOS
SUGERIDOS
236, 360, 523
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– 1 Rs 18.21
O
que motivou a estiagem
Terça
– 1 Rs 18.2
As
consequências da estiagem
Quarta
– 1 Rs 18.39
As
lições deixadas pela estiagem
Quinta
– 17.4; 18.13
As
provisões de Deus durante a estiagem
Sexta
– 1 Rs 17.1; 18.1
O
lugar da profecia na estiagem
Sábado
– Tg 5.17,18
A
soberania de Deus na estiagem
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1
Reis 18.1-8
1 E SUCEDEU que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias, no terceiro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra.
2 E foi Elias apresentar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3 E Acabe chamou a Obadias, o mordomo; e Obadias temia muito ao SENHOR,
4 Porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água.
5 E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água, e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas, e não percamos todos os animais.
6 E repartiram entre si a terra, para a percorrerem: Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi sozinho por outro caminho.
2 E foi Elias apresentar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3 E Acabe chamou a Obadias, o mordomo; e Obadias temia muito ao SENHOR,
4 Porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água.
5 E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água, e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas, e não percamos todos os animais.
6 E repartiram entre si a terra, para a percorrerem: Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi sozinho por outro caminho.
7 Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se sobre o seu rosto, e disse: És tu o meu senhor Elias?
8 E disse-lhe ele: Eu sou; vai, e dize a teu senhor: Eis que Elias está aqui.
9 Porém ele disse: Em que pequei, para que entregues a teu servo na mão de Acabe, para que me mate?
10 Vive o SENHOR teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então fazia jurar os reinos e nações, que não te haviam achado.
11 E agora dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
12 E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do SENHOR te tomasse, não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu, teu servo, temo ao SENHOR desde a minha mocidade.
13 Porventura não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do SENHOR? Como escondi a cem homens dos profetas do SENHOR, de cinqüenta em cinqüenta, numa cova, e os sustentei com pão e água?
14 E agora dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que Elias está aqui; ele me mataria.
15 E disse Elias: Vive o SENHOR dos Exércitos, perante cuja face estou, que deveras hoje me apresentarei a ele.
16 Então foi Obadias encontrar-se com Acabe, e lho anunciou; e foi Acabe encontrar-se com Elias.
17 E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe: És tu o perturbador de Israel?
18 Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR, e seguistes a Baalim.
8 E disse-lhe ele: Eu sou; vai, e dize a teu senhor: Eis que Elias está aqui.
9 Porém ele disse: Em que pequei, para que entregues a teu servo na mão de Acabe, para que me mate?
10 Vive o SENHOR teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então fazia jurar os reinos e nações, que não te haviam achado.
11 E agora dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.
12 E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do SENHOR te tomasse, não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu, teu servo, temo ao SENHOR desde a minha mocidade.
13 Porventura não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do SENHOR? Como escondi a cem homens dos profetas do SENHOR, de cinqüenta em cinqüenta, numa cova, e os sustentei com pão e água?
14 E agora dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que Elias está aqui; ele me mataria.
15 E disse Elias: Vive o SENHOR dos Exércitos, perante cuja face estou, que deveras hoje me apresentarei a ele.
16 Então foi Obadias encontrar-se com Acabe, e lho anunciou; e foi Acabe encontrar-se com Elias.
17 E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe: És tu o perturbador de Israel?
18 Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR, e seguistes a Baalim.
INTERAÇÃO
"Faze-nos
regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as
torrentes no Neguebe - ARA]". Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de
Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei
Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em
escombros, por isso clamaram: "Faze-nos regressar outra vez do cativeiro,
SENHOR." A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o
ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais
e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam
brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Então, o povo pede em
canção: Restaura-nos "como as torrentes no Neguebe (ARA)". Professor,
Deus pode mudar a nossa sorte e transformar o nosso "deserto" em
jardim florido.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Explicar o porquê da longa estiagem.
- Relatar as consequências e lições deixadas pela seca.
- Conscientizar-se de que Deus é soberano.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado
professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da
estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema: (1) conceito; (2) diferença: (1) Explique que a seca ou
estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um
período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem.
Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo, já a seca é
permanente.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Seca:
Tempo seco; falta ou cessação
A
longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias
do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo
Tiago: "Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e
seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg 5.17). A seca é um fenômeno
climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe
ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um
fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu
esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história,
mas também sobre os fenômenos naturais.
I.
O PORQUÊ DA SECA
1.
Disciplinar a nação. O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o
povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando
confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais
fidelidade ao Deus de Israel: "Então, Elias se chegou a todo o povo e
disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus,
segui-o; e, se Baal, segui-o" (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica
as'iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião
dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um
remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).
2.
Revelar a divindade verdadeira. Quando Jezabel veio para Israel não veio
sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de
seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos
que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais
divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total
decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da
fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa
seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias
desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal divindade não passava de um
deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).Deus não precisa provar nada para ser
Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são
convencidas pelas evidências.
SINÓPSE
DO TÓPICO (1)
Havia
dois motivos majoritários para o porquê da seca: disciplinar a nação e revelar
o Deus verdadeiro.
II.
OS EFEITOS DA SECA
1.
Escassez e fome. A Escritura afirma que "a fome era extrema em
Samaria" (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus
impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente
o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e
consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5 revela que até
mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era
geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi
violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!
2.
Endurecimento ou arrependimento. É interessante observarmos que o julgamento de
Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à
semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não
responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a
estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de
Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!Por
outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando
questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do
Senhor: "O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o
Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!" (1 Rs 18.39). O Novo Testamento
alerta: "[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso
coração" (Hb 3.7,8).
SINÓPSE
DO TÓPICO (2)
Numa
esfera material a seca provocou escassez e fome. Mas, do ponto de vista
espiritual, arrependimento para o povo e endurecimento para os nobres
III.
A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1.
Provisão pessoal. Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em
tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus
cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A
forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente,
Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: "Vai-te
daqui" (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as
consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se
esconder: "Esconde-te junto ao ribeiro de Querite" (1 Rs 17.3). Deus
não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar,
Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: "Os
corvos lhe traziam pão e carne" (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era
uma provisão divina!
2.
Provisão coletiva. Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o
profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número
de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias,
mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos:
"Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa
cova, e os sustentou com pão e água" (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o
próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não
haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: "Eu fiz ficar em Israel
sete mil" (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes provê o
pão diário
SINÓPSE
DO TÓPICO (3)
Deus
mandou provisão para os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta
Elias e coletiva, aos cem outros profetas.
IV.
AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA
1.
A majestade divina. Há alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de
Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos
Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os
fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença
durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus
sempre presente: "Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face
estou" (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas
as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não
haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).
2.
O pecado tem o seu custo. Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante
o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados:
"Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque
deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins" (1 Rs 18.18).
Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel
era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas
tem um custo muito alto. Não vale a pena!
SINÓPSE
DO TÓPICO (4)
A
estiagem em Israel deixou duas grandes lições: a primeira é que Deus é
majestoso e soberano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra
a sua conta.
CONCLUSÃO
A
longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e
disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao
chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para
Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado. A fome revelou como é vão
adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus
soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em
uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Geográfico
"Regiões
geográficas da palestina
O
terreno da Terra Santa é bastante variado, principalmente devido aos fortes
contrastes climáticos de região para região. A principal característica do
relevo da Terra Santa e da Síria é a grande fenda que se estende desde o norte
da Síria, atravessando o vale do Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de
Elate, até a costa sudeste da África. Esta fissura divide a Palestina em
ocidental - Cisjordânia - e a oriental - a Transjordânia. Há enormes diferenças
de altitude em curtas distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de
Moabe, em linha reta, não passa de 58 quilômetros, embora ao atravessá-la seja
necessária uma descida de mais de 915 metros. Esses contrastes formam o árido
Arabá, na extremidade do deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e,
do lado oposto, os planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas
variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de
povoados na Palestina, que resultaram em divisões políticas correspondentes na
maioria dos períodos. Em várias ocasiões, as regiões mais distintas da Terra
Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo a topografia e o
clima (Dt 1.7; Js 10.40; 11.16; Jz 1.9 etc.)" (AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). Atlas Bíblico. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1999, p.14).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Histórico
"Acabe
de Israel
O
ímpeto de Josafá de envolver-se em tantas confusões procedia da influência do
reino do Norte, começando com Acabe. Depois de suceder Onri em 874, Acabe
governou os próximos vinte anos com prosperidade e influência internacional -
graças à severa política de seu pai - mas este período também caracterizou-se
pela decadência moral e espiritual. Como não bastasse a apostasia entre o povo
para com Yahweh, Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a
qual inseriu seu deus Baal e a adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o
culto a Yahweh foi oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer
permissão para que ambos coexistissem na mesma região.
O
ministério de Elias
Ao
invés de riscar seu povo da terra, o Senhor levantou um dos mais fascinantes e
misteriosos personagens bíblicos - Elias, o profeta - para confrontar-se com os
habitantes de Israel, pregando contra seus pecados e anunciando o julgamento
divino. Um dia Elias apareceu subitamente diante de Acabe, e profetizou que
Israel passaria por alguns anos de seca, em consequência do afastamento de
Yahweh e da associação com Baal (1 Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1),
Elias reapareceu e confrontou-se com os profetas de Baal e Aserá no monte
Carmelo, que era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal. O resultado
do conflito foi um total descrédito dos profetas pagãos e seus deuses. Após
todos eles serem mortos, Elias anunciou a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o
suposto deus do trovão, do raio e da fertilidade, teve de retirar-se em total
humilhação diante de Yahweh, o único e verdadeiro Deus, que provou ser a única
fonte de vida e bênçãos.
As
invasões de Ben-Hadade
A
razão para Ben-Hadade atacar Samaria não está declarada, mas pode-se deduzir
que este rei não se agradava da amizade crescente entre Israel e Sidom, cuja
evidência achava-se na união matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade
certamente viu a aliança entre as duas nações como um obstáculo ao seu livre
acesso ao mar e às principais rotas comerciais da costa. Além disso, caso a
cronologia aqui defendida esteja correta, Salmaneser III da Assíria já estaria,
por esse tempo, em seu programa de expansão internacional para o oeste,
atingindo a Aram e a Palestina, forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a
colocar-se em posição defensiva. O historiador bíblico indica que Ben-Hadade
estava acompanhado de outros trinta e dois reis, um indício de que ele também
havia feito outras alianças para tratar com a futura ameaça da assíria. Pode
ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda, cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a
coalização à força" (MERRIL. Eugene H. História de Israel no Antigo
Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2007, pp.366-68).
VOCABULÁRIO
Climático:
Relativo a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão e ventos)
característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.
Topografia:
Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial:
Em grande quantidade, abundante.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH,
Anson F (et al). Atlas
Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.MERRIL.
Eugene
H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus
colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA
MAIS
Revista
Ensinador Cristão
A longa seca em Israel
Após a profecia de Elias sobre a seca que se abateria em
Israel, o profeta sai de cena, indo primeiramente para Querite, e depois para
Sarepta, em Sidom, terra de Jezabel. Enquanto Elias passava por um momento
prolongado de retiro com Deus, tendo sua vida preservada, o povo de Israel
começava a experimentar a estiagem que traria um período de fome e desespero.
A importância do evento profético. A meteorologia
moderna pode prever mudanças climáticas com base em estudos apoiados pela
crescente tecnologia. É possível ter uma previsão do tempo com até duas semanas
de antecedência com base em cálculos e estimativas matemáticas, mas serão
apenas previsões. Meteorologistas não podem controlar o tempo, e, portanto,
podem errar em suas previsões. Fazer um prognóstico que abranja três anos de
exatidão relacionados a extremos como períodos de chuvas e de secas é
arriscado. Mas foi o que Elias fez, e Deus se encarregou de fazer cumprir o que
predissera o profeta, trazendo uma seca sem precedentes para Israel. Essa foi a
mostra de que Deus estava com Elias.
Motivos da estiagem. Não há dúvidas de que a idolatria
generalizada em Israel foi uma forma de Deus julgar o povo do Norte e seu rei.
Ambos tinham voltado as costas para Deus e deixaram de seguir ao Senhor, dando
crédito da prosperidade que tinham a Baal, um “deus”, como criam, responsável
pela fertilidade e pela chuva.
Outro motivo para a seca era o desafio de Deus contra as
divindades sidônias Baal e Astarote. Essas “divindades” já eram conhecidas dos
israelitas, mas foram importadas e oficializadas por Jezabel, esposa de Acabe.
Para os habitantes do Reino de Israel, que haviam se esquecido do Senhor, essas
divindades “davam” a chuva e a colheita no tempo devido. Agora Deus mostraria
seu poder retendo a chuva e permitindo que a fome fizesse os israelitas
pensarem melhor na pessoa a quem sua fé era direcionada.
Um terceiro motivo para a seca foi preparar o cenário geral
para que Elias realizasse milagres que trariam a glória de Deus a Israel e
desmascarariam os deuses estranhos. Deus conduziu Elias para Querite, onde
havia um ribeiro, que secou-se depois de um tempo também por causa da seca. Não
raro, precisamos estar preparados para ser provados por Deus naquilo que nós
mesmos falamos. A seguir, Elias multiplicou o alimento de uma viúva pobre e
depois ressuscitou o filho dela. E finalmente, por ordem divina, retornou a
Israel e fez descer fogo do céu com sua oração.
CPAD,
nº 53, p.37.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, como a seca contribuiu
para a execução do plano de Deus?
R.
Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.
2.
Cite duas consequências imediatas advindas com a seca.
R.
Fome e escassez.
3.
De que forma a provisão divina se manifestou durante a estiagem?
R.
Trazendo provisão pessoal, isto é, ao profeta Elias e também de forma coletiva
aos cem profetas escondidos por Obadias.
4.
O que o profeta afirma relativo a tudo o que ocorrera em Israel?
R.Que
tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado.
5.Quais
lições se podem aprender através da seca em Israel?
R.
Resposta pessoal.
Disponibilizamos a todos, que, quiserem aprender a Palavra de Deus através das Lições Bíblicas Jovens e Adultos da CPAD. Da Escola Bíblica Dominical, faça bom uso da Palavra de Deus através das Lições. Mas por favor, não modifiquem o conteúdo das lições postadas neste blog, e, indiquem a fonte em nome de Jesus!