Título:
Filipenses – A humildade de Cristo como exemplo
para a igreja,
Comentarista: Pastor
Elienai Cabra
Lição
12:A Reciprocidade do Amor Cristão
Data: 22 de setembro
de 2013
TEXTO
ÁUREO
"Posso todas as coisas naquele que me
fortalece"
(Fp 4.13).
VERDADE
PRÁTICA
A igreja de Cristo deve zelar pelo bem-estar dos que a
servem, a fim de que não haja necessitados entre os filhos de Deus.
HINOS SUGERIDOS
4, 244, 304
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 10.10
Vida cristã transbordante
Terça - Fp 4.19
Deus supre as necessidades
Quarta - Mt 6.19-21,31-34
A confiança nos bens gera ansiedade
Quinta - 1 Tm 5.17,18
A igreja cuidando de seus líderes
Sexta - Rm 15.25-27
Socorro material como prova de amor
Sábado - Fp 4.10-13
A fonte da nossa suficiência
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.10-13
10 Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente,
reviver a vossa lembrança de mim; pois já
vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi
a contentar-me com o que tenho.
12 Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda
a maneira e em todas as coisas, estou
instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a
ter abundância como a padecer
necessidade.
13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
INTERAÇÃO
Professor, você tem sido generoso para com aqueles que
servem a Deus e a igreja? Então não terá dificuldade alguma em ensinar a
respeito do tema proposto para a aula de hoje: a generosidade da igreja para
com aqueles que a servem. Os irmãos de Filipos eram bem generosos. Eles
enviaram os recursos que Paulo necessitava para sobreviver na prisão (4.10-20).
Vivemos em uma sociedade marcada pelo egoísmo, todavia o crente tem em seu
coração o amor de Cristo e este amor o leva a ajudar aqueles que necessitam de
socorro. Nossa oferta de amor para aqueles que realizam a obra de Deus revelam
a graça do Todo-Poderoso em nossas vidas. Ofertamos não para recebermos algo em
troca, mas o fazemos de coração porque já temos experimentado das dádivas
divinas. Que não venhamos nos esquecer que "mais bem-aventurada coisa é
dar do que receber" (At 20.35).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que as dádivas dos filipenses era resultado da providência divina.
- Compreender que o cristão tem o contentamento de Cristo em qualquer situação.
- Explicar a respeito da principal fonte de contentamento do cristão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro de giz os dois tópicos
abaixo. Utilize-os para introduzir a lição. Discuta com os alunos estes princípios.
Explique que estas duas regras devem nortear a nossa doação em favor daqueles
que trabalham na obra do Senhor:
"Ao entregar uma oferta o valor não é o mais
importante, mas sim a disposição de contribuir para o Reino".
"A doação deve ser como resposta a Cristo, e não pelas
vantagens que podemos ter por fazê-lo. O modo como doamos reflete a nossa
devoção ao Senhor" (Bíblia de Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1620).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Generosidade: Virtude daquele
que se dispõe A sacrificar os próprios interesses em beneficio de outrem; Magnanimidade,
ato generoso; bondade.
Na lição de hoje, aprenderemos a importância da generosidade
da igreja para com aqueles que a servem. Dependente das ofertas dos irmãos para
sobreviver no cárcere romano, Paulo expressava uma profunda gratidão à igreja
de Filipos pelos recursos enviados por intermédio de Epafrodito (4.10-20).
O apóstolo estava agradecido aos filipenses pelo amor que
lhe haviam demonstrado. Ele, porém, destaca que sempre confiou à providência
divina o seu sustento, e que sua alegria maior estava não nas ofertas
recebidas, e sim no fato de os filipenses terem se lembrado dele.
I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
1. Paulo agradece aos filipenses. A igreja em Filipos já
vinha contribuindo com o ministério de Paulo desde o seu início (v.15). Agora,
o apóstolo fora surpreendido pela segunda oferta enviada a ele, exatamente
quando estava preso em Roma. Por isso, agradece e regozija-se pela lembrança
dos irmãos (v.10).
Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da
providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em
qualquer situação.
2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja. Paulo amava a
igreja em Filipos. Esta cidade foi a primeira da Europa a receber a mensagem do
Evangelho. Ali, Paulo enfrentou perseguições, prisão e muito sofrimento. Porém,
agora a igreja, firmada em Cristo, demonstra sua gratidão ao apóstolo cuidando
dele e ajudando-o em suas necessidades (vv.10,11,15-18).
3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros. Nenhum obreiro
deve fazer de sua missão um meio de ganhar dinheiro. Todavia, a igreja precisa
prover sustento digno àqueles que a servem. Paulo muito sofreu com a falta de
sensibilidade da igreja em Corinto (v.15). Por outro lado, a igreja em Filipos
procurou ajudar o apóstolo.
A Palavra de Deus nos exorta quanto ao sustento daqueles que
labutam na seara do Senhor: "Não amordaces o boi, quando pisa o
trigo" (1 Tm 5.18 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo completa que
"digno é o obreiro do seu salário". Por isso, a igreja deve apoiar
devidamente àqueles que são verdadeiramente obreiros, ajudando-os em suas
necessidades (1 Tm 5.17).
SINÓPSE DO TÓPICO ( I )
Nenhum obreiro deve fazer de sua missão um meio de ganhar
dinheiro, todavia a igreja precisa oferecer sustento digno àqueles que a
servem.
II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
1. O contentamento de Paulo. O apóstolo aprendeu a
contentar-se em toda e qualquer situação. Seu contentamento estava alicerçado
no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma
confiante. Aos coríntios, Paulo escreveu: "não que sejamos capazes, por
nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de
Deus" (2 Co 3.5).
Paulo deu o crédito de sua força e contentamento a Deus.
Muitos se gabam de sua robustez, coragem e até espiritualidade, esquecendo-se
de que a nossa capacidade vem do Senhor. Para agirmos de forma adequada em meio
às provações e privações é preciso reconhecer que dependemos integralmente do
Senhor.
2. "Sei estar abatido" (v.12). Paulo inicia o
versículo doze dizendo: "Sei estar abatido e também ter abundância".
Ele estava convicto do cuidado de Deus. Por isso, aceitava as privações sem se
envergonhar ou mesmo entristecer-se. Precisamos acreditar na provisão divina e
aprender a contentar-nos em toda e qualquer situação.
Talvez você esteja passando por dificuldades. Não permita,
porém, que elas o abatam. Confie no cuidado e na bondade do Pai Celeste. Ele é
o nosso provedor. Para que o Evangelho chegasse aos confins da terra, muitos
homens e mulheres, às vezes sem qualquer sustento oficial, deixaram suas
famílias e saíram pregando a Palavra de Deus e fundando igrejas. Esses
pioneiros não desistiram, e os resultados ainda podem ser vistos. Hoje, as
igrejas, em sua maioria, possuem recursos para enviar obreiros e missionários a
outras nações e ali sustentá-los, e devem fazê-lo. Cumpramos, pois, o nosso
dever conforme a Bíblia nos recomenda.
3. O contentamento desfaz os extremismos. Apesar de o
exemplo paulino e de a Bíblia ensinar-nos acerca do contentamento, é necessário
abordar o perigo da adoção dos extremismos nessa questão. Muitos servos de Deus
são obrigados, pela falta de compromisso de suas igrejas, a abandonar a obra de
Deus. Para que isso não aconteceça, sejamos fiéis no sustento daqueles que estão
servindo a causa do Mestre (1 Tm 5.18).
Os obreiros, por sua parte, não podem deixar-se dominar pela
avareza e pela ganância. Paulo nos dá uma importante lição quando afirma:
"Aprendi a contentar-me com o que tenho" (v.11). O culto ao Senhor
não pode ser transformado em uma fonte
de renda. É o próprio apóstolo Paulo quem ensina a nos apartar daqueles que não
se conformam "com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a
doutrina que é segundo a piedade". Isto porque, os tais apreciam
"contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade,
cuidando que a piedade seja causa de ganho" (1 Tm 6.5). O ensino paulino
demonstra que a piedade, com contentamento, já é, por si mesma, um "grande
ganho" (1 Tm 6.6).
SINÓPSE DO TÓPICO (II)
O crente pode contentar-se em toda e qualquer situação, pois
seu contentamento está no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a
viver de forma confiante
III. A PRINCIPAL
FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
1. Cristo é quem fortalece. Paulo nos ensina, com a
declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo. O que
fez com que Paulo suportasse tantas adversidades? Havia algum segredo? Não! O que fez do
apóstolo um vencedor foi a sua fé em Jesus Cristo, aquele que tudo pode. A
força do seu ministério era o Senhor. Você quer forças para vencer os
obstáculos em seu ministério? Confie plenamente no Senhor!
2. Cristo é a razão do contentamento. Nossa alegria e força
vêm do Senhor Jesus. Segundo Matthew Henry, "temos necessidade de obter
forças de Cristo, para sermos capacitados a realizar não somente as obrigações
puramente cristãs. Precisamos da força dEle para nos ensinar a como ficar
contente em cada condição". Busque ao Senhor e permita que a alegria
divina preencha a sua alma (Ne 8.10).
3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento. Uma
vez que o objetivo de Paulo era pregar o Evangelho em toda parte, nada lhe era
mais importante que ganhar almas para o Reino de Deus. Nenhuma dificuldade
financeira roubaria a visão missionária do apóstolo.
Ele não se angustiava pela privação material e social. Pelo
contrário, a alegria do Senhor era a sua força. Paulo regozijava-se com a
suficiência que tinha de Cristo. O descontentamento é como uma planta má que
faz brotar a avareza (Hb 13.5,6), o roubo (Lc 3.14) e a preocupação com as
coisas materiais (Mt 6.25-34). Por isso, contente-se em Cristo! Ele tomará
conta de nós.
SINÓPSE DO TÓPICO (III)
Cristo é a razão do contentamento, nossa alegria e força vêm
dEle.
CONCLUSÃO
Aprendemos na lição de hoje, que a igreja de Cristo deve
zelar pelo bem-estar dos seus obreiros, a fim de que não venham a passar
privações. Todavia, a real motivação para servirmos à igreja de Deus jamais
devem ser as recompensas materiais. Confiemos na provisão divina, pois assim
seremos felizes em toda e qualquer situação.
Nosso contentamento em meio às adversidades é resultado da
nossa fé e comunhão com o Senhor Jesus. Que estejamos na dependência do Senhor,
para que Ele nos conceda alegria e força a fim de vencermos as vicissitudes e
tribulações da vida.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Graças pelo dom e comunhão deles. A principal razão
para Paulo escrever a essa igreja e de estar agradecido por esses irmãos é a
expressão concreta deles de apoio a ele (4.1-18). Essa igreja enviou um
presente em dinheiro para auxiliar Paulo enquanto estava na prisão (4.10-18).
Paulo chama esse presente de 'comunic [ar] com ele, usando a forma verbal
(ekoinõsen, v. 15) da palavra grega para comunhão (koinonia). Eles comungam com
ele ao participar de seu ministério por meio dessa expressão concreta de amor e
de preocupação. Paulo não esperava nem pretendia esse auxílio. Paulo aprendeu a
se contentar seja qual fosse sua situação, quer na pobreza quer na abundância.
Na verdade, quando Paulo escreve que pode todas as coisas por intermédio de
Cristo que o fortalece (4.13), ele quer dizer que pode enfrentar todo tipo de
circunstância ou situação financeira sem perder de vista o propósito de Deus
para ele. Por isso, recebe o presente deles com gratidão, no qual ele diz ser
'oferta de aroma suave' a Deus (4.18 - NVI). A preocupação deles faz com que
lhes assegure que Deus também cuida deles (4.19)'" (ZUCK, Roy B (Ed.).
Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.365).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"Nos versos 15 e 16, Paulo alegremente relembra o apoio
que os filipenses lhe ofereceram. Relembra os dias anteriores, quando o
evangelho foi proclamado pela primeira vez em Filipos (At 16.4). Quando o
apóstolo passou pela Macedônia até a Acaia, em sua segunda viagem missionária,
a igreja em Filipos foi a única a sustentar seus esforços. Na linguagem
emprestada do mundo comercial, o apóstolo considerou sua parceria como uma
questão de 'dar e receber' (termos aproximadamente equivalente aos conceitos de
débito e crédito). Paulo 'deu' o
evangelho aos filipenses e 'recebeu' seu apoio. De fato, o verso 16 indica que
por mais de uma vez enviaram sua assistência a Paulo antes que deixasse a
Macedônia, enquanto ainda estava na cidade vizinha de Tessalônica (At 17.1-9).
Os filipenses, por sua vez, 'deram' seu apoio material e moral a Paulo, tendo
recebido a mensagem das boas novas e agido de acordo com esta.
No versículo 17, Paulo reitera a pureza de seus motivos em
sua expressão de gratidão aos cristãos de Filipos. Não está procurando
'dádivas' ou agradecendo de alguma maneira que venha a ser a base para favores
futuros. Sua motivação visa o benefício deles. Sua descrição da recompensa que
terão por associarem-se a ele na obra de Deus é expressa em termos financeiros.
Sua participação no Evangelho produzirá juros ou dividendos (literalmente 'fruto'), o que resultará no
'aumento da conta' deles" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2004. p.510).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas
Cristãs. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.42.
EXERCÍCIOS
1. O que o apóstolo Paulo declara acerca da oferta dos
filipenses?
R. Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto
da providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em
qualquer situação.
2. Por que a igreja deve apoiar devidamente àqueles que são
verdadeiramente obreiros, ajudando-os em suas necessidades?
R. Porque é bíblico. A Palavra de Deus nos exorta quanto ao
sustento daqueles que labutam na seara do Senhor: "Não amordaces o boi,
quando pisa o trigo" (1 Tm 5.18 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo
completa que "digno é o obreiro do seu salário".
3. Em que o contentamento de Paulo estava alicerçado?
R. Seu contentamento
estava alicerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver
de forma confiante.
4. O que Paulo nos ensina na sua declaração do versículo 13?
R. Paulo nos ensina,
com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo.
5. Qual tem sido a
fonte do seu contentamento?
R. Resposta pessoal
Disponibilizamos a todos, que, quiserem aprender a Palavra de Deus através das Lições Bíblicas Jovens e Adultos da CPAD. Da Escola Bíblica Dominical, faça bom uso da Palavra de Deus através das Lições. Mas por favor, não modifiquem o conteúdo das lições postadas neste blog, e, indiquem a fonte em nome de Jesus!