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Evangelismo

"EU SOU O BOM PASTOR; O BOM PASTOR DÁ A VIDA PELAS OVELHAS." JOAO 10.11

quarta-feira, 10 de julho de 2013

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS E ADULTOS 3º TRIMESTRE 2013 – Lição 2



Título: Filipenses – A humildade de Cristo como exemplo para a igreja,
Comentarista: Pastor Elienai Cabra 

Lição 2: Esperança em Meio à Adversidade
Data: 14 de julho de 2013

TEXTO ÁUREO
"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho"
(Fp 1.21).

VERDADE PRÁTICA
Nenhuma adversidade poderá reter a graça e o poder do Evangelho


HINOS SUGERIDOS 131, 404, 422

LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 16.23-25
O louvor supera os açoites
Terça - 1 Pe 1.3-9
Guardados pela fé
Quarta - Gl 5.16-21
Guiados pelo Espírito no conflito
Quinta - Gl 5.22-26
O fruto do Espírito garante vitória
Sexta - Fp 1.12-14
A alegria na defesa do Evangelho
Sábado - Fp 1.15-21
A motivação correta do anúncio

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Filipenses 1.12-21
12. E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior
proveito do evangelho.
13. De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e
por todos os demais lugares;
14. E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra
mais confiadamente, sem temor.
15. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente;
16. Uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho;
17. Mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando
acrescentar aflição às minhas prisões.
18. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento,
ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda.
19. Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de
Jesus Cristo,
20. Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes,
com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja
pela vida, seja pela morte.
21. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.

INTERAÇÃO
A prisão do apóstolo Paulo em Roma foi crucial para a propagação do Evangelho na região de Filipos. A partir de uma experiência de sofrimento, Deus usou pessoas para propagar a mensagem das Boas Novas. É verdade que alguns pregadores usavam o sofrimento do apóstolo para proclamar Cristo de boa consciência. Outros utilizavam-se do sofrimento alheio para obterem vantagens pessoais. Cristo não era o centro das suas preleções. Infelizmente, na atualidade, algumas pessoas perderam o temor de Deus. A exemplo daqueles pregadores de Filipos, elas exploram as tragédias pessoais, pois veem nelas a oportunidade de se locupletarem com as feridas alheias (elas sabem que o sofrimento humano pode ser muito rentável). Cristo não se acha mais no centro de suas vidas.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho.

  • Explicar as motivações de Paulo para a pregação do Evangelho.

  • Compreender que o significado da vida consiste em vivermos para o Evangelho


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a lição sugerimos a seguinte atividade: (1) Pesquise ao menos três países cujo índice de perseguição religiosa é grande. (2) Identifique missionários que atuam nesses locais (a pesquisa pode ser feita pelas agências missionárias, secretaria de missões de sua igreja ou internet). (3) Em seguida, pesquise o crescimento de cristãos nesses países visando identificar como o trabalho missionário tem sido realizado. Conclua dizendo que, a exemplo do que ocorreu a Paulo, o Evangelho continua a ser propagado no mundo através do sofrimento de muitas pessoas que se dispõem a propagá-lo com ousadia. 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Adversidade: Infelicidade, infortúnio, revés. Qualidade ou caráter de adverso.
Nesta lição, veremos como a paixão pelas almas consumia o coração de Paulo. Embora preso em Roma, ele não esmorecia na missão de proclamar o Evangelho. E, tendo como ponto de partida o seu sofrimento, o apóstolo ensina aos filipenses que nenhuma adversidade será capaz de arrefecer-lhes a fé em Cristo. Ao contrário, ele demonstra o quanto as suas adversidades foram positivas ao progresso do Reino de Deus.

I. ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

1. Paulo na prisão. Paulo estava preso em Roma, aguardando julgamento. Ele sabia que tanto poderia ser absolvido como executado. Todavia, não se achava ansioso. O que mais desejava era, com toda ousadia, anunciar a Cristo até mesmo no tribunal. Paulo não era um preso qualquer; sua segurança estava sob os cuidados da guarda pretoriana (1.13). Constituída de 10 mil soldados, esta guarda encarregava-se de proteger os representantes do Império Romano em qualquer lugar do mundo. Sua principal tarefa era a proteção do imperador.
2. Uma porta se abre através da adversidade. Uma das principais contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo. Os cristãos estavam espalhados por toda a cidade de Roma e adjacências. Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a força do Evangelho e o promoveu universalmente. Deus usou o sofrimento do apóstolo para que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o mundo (v. 13).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A prisão de Paulo foi uma porta aberta para a proclamação do Evangelho.

II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,13)

1. O poder do Evangelho. De modo objetivo, Paulo diz aos filipenses que nenhuma cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de Cristo. Esse sentimento superava todas as expectativas do apóstolo concernentes ao crescimento do Reino de Deus. O seu propósito era ver as Boas Novas prosperando entre os gentios. Portanto, nenhum poder humano conterá a força do Evangelho, pois este é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).
2. A preocupação dos filipenses com Paulo. Está implícita a preocupação dos filipenses com o bem-estar de Paulo. Eles o amavam e sabiam do seu ardor em proclamar o Evangelho. Todavia, achavam que a sua prisão prejudicaria a causa cristã. O versículo 12 traz exatamente essa conotação: "E quero, irmãos, que saibais as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho". Para o apóstolo, seu encarceramento contribuiu ainda mais para o progresso da mensagem evangélica (v.13). 
3. Paulo rejeita a autopiedade. Paulo era um missionário consciente da sua missão. Para ele, o sofrimento no exercício do santo ministério era circunstancial e estava sob os cuidados de Deus (v.19). Por isso, não manifestava autopiedade; não precisava disso para conquistar a compaixão das pessoas. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento algo passageiro, pois os infortúnios servem para enchernos de esperança, conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de "que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8.28).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O testemunho de Paulo na adversidade pode ser observado pela sua rejeição a autopiedade e a sua fé no poder do Evangelho.

III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO (1.14-18)

Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava. São elas:
1. A motivação positiva. "E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor" (v.14). Estava claro para os cristãos romanos, bem como para a guarda pretoriana, que o processo judicial contra Paulo era injusto, porque ele não havia cometido crime algum. Além de saberem da inocência do apóstolo, os pretorianos recebiam diariamente deste a mensagem do Evangelho (v.13). O resultado não poderia ser outro. Os cristãos filipenses foram estimulados a anunciar o Evangelho com total destemor e coragem.
2. A motivação negativa. A prisão de Paulo motivou os cristãos a proclamar o Evangelho de "boa mente" e "por amor". Mas havia aqueles que usavam a prisão do apóstolo para garantir vantagens pessoais. Dominados pela inveja e pela teimosia, agiam por motivos errados. Mas pelo Espírito, o apóstolo entendeu que o mais importante era anunciar Cristo ao mundo "de toda a maneira". Isto não significa que Paulo aprovava quem procedia dessa forma, porque um dia todo mau obreiro terá de dar contas de seus atos ao Senhor (Mt 7.21-23).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Foi o Criador quem planejou o matrimônio, uma união indissolúvel e permanente (Gn 2.24).

IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)

1. Viver para Cristo. "Nisto me regozijo e me regozijarei ainda" (v.18). Estas palavras refletem a alegria de Paulo sobre o avanço do Evangelho no mundo. Viver, para o apóstolo, só se justifica se a razão for o ministério cristão: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher" (vv.21,22).
A morte para ele era um evento natural, mas glorioso. Significava estar imediatamente com Cristo. O Mestre era tudo para Paulo, o princípio, a essência e o fim da sua vida. Nele, o apóstolo vivia e se movia para a glória de Deus. Por isso, podia dizer: "E vivo, não mais eu; mas Cristo vive em mim"(Gl 2.20).
2. Paulo supera o dilema. "Estar com Cristo" e "viver na carne". Este era o dilema do apóstolo (vv.23,24). Ele desejava estar na plenitude com o Senhor. Todavia, o amor dele pelos gentios era igualmente intenso. "Ficar na carne" (v.24), aqui, refere-se à vida física. Isto é: viver para disseminar o Evangelho pelo mundo. Mais do que escolha pessoal, estar vivo justifica-se apenas para proclamar o Evangelho e fortalecer a Igreja. Este era o pensamento paulino. Nos versículos 25 e 26, ele entende que, se fosse posto em liberdade, poderia rever os irmãos de Filipos, e viver o amor fraterno pela providência do Espírito Santo.

SINÓPSE DO TÓPICO (4)
O dilema de Paulo era, imediatamente, "estar com Cristo" ou "viver na carne" para edificar os filipenses.

CONCLUSÃO
Paulo resolveu o seu dilema em relação à igreja, declarando que o seu desejo de estar com Cristo foi superado pela amorosa obrigação de servir aos irmãos (vv.24-26). Ele nos ensina que devemos estar prontos a trabalhar na causa do Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar oposição dos falsos crentes e até privações materiais. O que deve nos importar é o progresso do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo (vv.25,26).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Alguns pregam Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente (1.15).
Posteriormente Paulo voltará sua atenção aos judaizantes, que distorcem o evangelho insistindo nas obras como algo essencial para a salvação (3.2-11). Aqui a tensão é pessoal em vez de doutrinária. Alguns se tornam evangelistas mais ativos por um espírito competitivo, tendo um prazer perverso no pensamento de que Paulo está atado e incapaz de tentar alcançá-los. Outros se tornam evangelistas mais ativos por amor, um esforço de aliviar Paulo da preocupação de que expansão do evangelho retrair-se-á devido à sua inatividade forçada.
É fascinante ver como Paulo recusa-se a julgar as motivações, e está encantado com o fato de que, seja pela razão que for, o evangelho está sendo pregado. Poucos de nós têm essa maturidade. Os críticos de Paulo poderão ficar amargamente ressentidos com o seu sucesso, mas o apóstolo não ficará ressentido com eles! Em vez disso ele se regozijará por Cristo estar sendo pregado, e deixará a questão dos motivos para o Senhor.
Porque sei que disto me resultará salvação (1.19). Paulo não se refere aqui à sua libertação da prisão. O maior perigo que qualquer um de nós enfrenta é o desânimo que as dificuldades frequentemente criam" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.437).

VOCABULÁRIO
Locupletarem: Enriquecerem; encherem em demasia; fartarem.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.37.

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, qual foi a principal contribuição da prisão de Paulo para o Evangelho?
R. Foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo.

2. Como Paulo via o sofrimento?
R. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento algo passageiro, pois os infortúnios servem para encher-nos de esperança, conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de "que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8.28).

3. Cite e explique as motivações que predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava.
R. A primeira motivação era positiva, caracterizada pela disposição dos filipenses pregarem o Evangelho com destemor e coragem. A segunda era negativa, pois a sua principal característica era os pregadores que usavam a prisão do apóstolo para garantir vantagens pessoais. 

4. Qual era o maior dilema de Paulo apontado na lição?
R. "Estar com Cristo" ou "viver na carne".

5. Você está pronto a trabalhar na causa do Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar oposições de falsos crentes, além das privações materiais ou físicas?
R. Resposta pessoal.
 


Disponibilizamos a todos, que, quiserem aprender a Palavra de Deus através das Lições Bíblicas Jovens e Adultos da CPAD. Da Escola Bíblica Dominical, faça bom uso da Palavra de Deus através das Lições. Mas por favor, não modifiquem o conteúdo das lições postadas neste blog, e, indiquem a fonte em nome de Jesus!

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