Título:
Filipenses – A humildade de Cristo como exemplo
para a igreja,
Comentarista: Pastor
Elienai Cabra
Lição
2: Esperança em Meio à Adversidade
Data: 14 de julho de
2013
TEXTO
ÁUREO
"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é
ganho"
(Fp 1.21).
VERDADE
PRÁTICA
Nenhuma adversidade poderá reter a graça e o poder do
Evangelho
HINOS SUGERIDOS 131, 404, 422
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 16.23-25
O louvor supera os açoites
Terça - 1 Pe 1.3-9
Guardados pela fé
Quarta - Gl 5.16-21
Guiados pelo Espírito no conflito
Quinta - Gl 5.22-26
O fruto do Espírito garante vitória
Sexta - Fp 1.12-14
A alegria na defesa do Evangelho
Sábado - Fp 1.15-21
A motivação correta do anúncio
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 1.12-21
12. E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me
aconteceram contribuíram para maior
proveito do evangelho.
13. De maneira que as minhas prisões em Cristo foram
manifestas por toda a guarda pretoriana e
por todos os demais lugares;
14. E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as
minhas prisões, ousam falar a palavra
mais confiadamente, sem temor.
15. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por
inveja e porfia, mas outros de boa mente;
16. Uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do
evangelho;
17. Mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por
contenção, não puramente, julgando
acrescentar aflição às minhas prisões.
18. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado
de toda a maneira, ou com fingimento,
ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda.
19. Porque sei que disto me resultará salvação, pela
vossa oração e pelo socorro do Espírito de
Jesus Cristo,
20. Segundo a minha intensa expectação e esperança, de
que em nada serei confundido; antes,
com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre,
engrandecido no meu corpo, seja
pela vida, seja pela morte.
21. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
INTERAÇÃO
A prisão do apóstolo Paulo em Roma foi crucial para a
propagação do Evangelho na região de Filipos. A partir de uma experiência de
sofrimento, Deus usou pessoas para propagar a mensagem das Boas Novas. É
verdade que alguns pregadores usavam o sofrimento do apóstolo para proclamar
Cristo de boa consciência. Outros utilizavam-se do sofrimento alheio para
obterem vantagens pessoais. Cristo não era o centro das suas preleções.
Infelizmente, na atualidade, algumas pessoas perderam o temor de Deus. A
exemplo daqueles pregadores de Filipos, elas exploram as tragédias pessoais,
pois veem nelas a oportunidade de se locupletarem com as feridas alheias (elas
sabem que o sofrimento humano pode ser muito rentável). Cristo não se acha mais
no centro de suas vidas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho.
- Explicar as motivações de Paulo para a pregação do Evangelho.
- Compreender que o significado da vida consiste em vivermos para o Evangelho
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a lição sugerimos a
seguinte atividade: (1) Pesquise ao menos três países cujo índice de
perseguição religiosa é grande. (2) Identifique missionários que atuam nesses
locais (a pesquisa pode ser feita pelas agências missionárias, secretaria de
missões de sua igreja ou internet). (3) Em seguida, pesquise o crescimento de
cristãos nesses países visando identificar como o trabalho missionário tem sido
realizado. Conclua dizendo que, a exemplo do que ocorreu a Paulo, o Evangelho
continua a ser propagado no mundo através do sofrimento de muitas pessoas que
se dispõem a propagá-lo com ousadia.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Adversidade:
Infelicidade, infortúnio, revés. Qualidade ou caráter de adverso.
Nesta lição, veremos como a paixão pelas almas consumia o
coração de Paulo. Embora preso em Roma, ele não esmorecia na missão de
proclamar o Evangelho. E, tendo como ponto de partida o seu sofrimento, o
apóstolo ensina aos filipenses que nenhuma adversidade será capaz de
arrefecer-lhes a fé em Cristo. Ao contrário, ele demonstra o quanto as suas
adversidades foram positivas ao progresso do Reino de Deus.
I. ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO
1. Paulo na prisão. Paulo estava preso em Roma, aguardando
julgamento. Ele sabia que tanto poderia ser absolvido como executado. Todavia,
não se achava ansioso. O que mais desejava era, com toda ousadia, anunciar a
Cristo até mesmo no tribunal. Paulo não era um preso qualquer; sua segurança
estava sob os cuidados da guarda pretoriana (1.13). Constituída de 10 mil
soldados, esta guarda encarregava-se de proteger os representantes do Império
Romano em qualquer lugar do mundo. Sua principal tarefa era a proteção do
imperador.
2. Uma porta se abre através da adversidade. Uma das
principais contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do
Evangelho na capital do mundo antigo. Os cristãos estavam espalhados por toda a
cidade de Roma e adjacências. Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a
força do Evangelho e o promoveu universalmente. Deus usou o sofrimento do
apóstolo para que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o mundo (v. 13).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A prisão de Paulo foi uma porta aberta para a proclamação do
Evangelho.
II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,13)
1. O poder do Evangelho. De modo objetivo, Paulo diz aos
filipenses que nenhuma cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de
Cristo. Esse sentimento superava todas as expectativas do apóstolo concernentes
ao crescimento do Reino de Deus. O seu propósito era ver as Boas Novas
prosperando entre os gentios. Portanto, nenhum poder humano conterá a força do
Evangelho, pois este é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm
1.16).
2. A preocupação dos filipenses com Paulo. Está implícita a
preocupação dos filipenses com o bem-estar de Paulo. Eles o amavam e sabiam do
seu ardor em proclamar o Evangelho. Todavia, achavam que a sua prisão
prejudicaria a causa cristã. O versículo 12 traz exatamente essa conotação:
"E quero, irmãos, que saibais as coisas que me aconteceram contribuíram
para maior proveito do evangelho". Para o apóstolo, seu encarceramento
contribuiu ainda mais para o progresso da mensagem evangélica (v.13).
3. Paulo rejeita a autopiedade. Paulo era um missionário
consciente da sua missão. Para ele, o sofrimento no exercício do santo
ministério era circunstancial e estava sob os cuidados de Deus (v.19). Por
isso, não manifestava autopiedade; não precisava disso para conquistar a
compaixão das pessoas. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento
algo passageiro, pois os infortúnios servem para enchernos de esperança,
conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de "que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados por seu decreto" (Rm 8.28).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O testemunho de Paulo na adversidade pode ser observado pela
sua rejeição a autopiedade e a sua fé no poder do Evangelho.
III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO (1.14-18)
Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde
o apóstolo Paulo atuava. São elas:
1. A motivação positiva. "E muitos dos irmãos no
Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais
confiadamente, sem temor" (v.14). Estava claro para os cristãos romanos,
bem como para a guarda pretoriana, que o processo judicial contra Paulo era
injusto, porque ele não havia cometido crime algum. Além de saberem da
inocência do apóstolo, os pretorianos recebiam diariamente deste a mensagem do
Evangelho (v.13). O resultado não poderia ser outro. Os cristãos filipenses
foram estimulados a anunciar o Evangelho com total destemor e coragem.
2. A motivação negativa. A prisão de Paulo motivou os
cristãos a proclamar o Evangelho de "boa mente" e "por
amor". Mas havia aqueles que usavam a prisão do apóstolo para garantir vantagens
pessoais. Dominados pela inveja e pela teimosia, agiam por motivos errados. Mas
pelo Espírito, o apóstolo entendeu que o mais importante era anunciar Cristo ao
mundo "de toda a maneira". Isto não significa que Paulo aprovava quem
procedia dessa forma, porque um dia todo mau obreiro terá de dar contas de seus
atos ao Senhor (Mt 7.21-23).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Foi o Criador quem planejou o matrimônio, uma união
indissolúvel e permanente (Gn 2.24).
IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)
1. Viver para Cristo. "Nisto me regozijo e me
regozijarei ainda" (v.18). Estas palavras refletem a alegria de Paulo
sobre o avanço do Evangelho no mundo. Viver, para o apóstolo, só se justifica
se a razão for o ministério cristão: "Porque para mim o viver é Cristo, e
o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei,
então, o que deva escolher" (vv.21,22).
A morte para ele era um evento natural, mas glorioso.
Significava estar imediatamente com Cristo. O Mestre era tudo para Paulo, o
princípio, a essência e o fim da sua vida. Nele, o apóstolo vivia e se movia
para a glória de Deus. Por isso, podia dizer: "E vivo, não mais eu; mas
Cristo vive em mim"(Gl 2.20).
2. Paulo supera o dilema. "Estar com Cristo" e
"viver na carne". Este era o dilema do apóstolo (vv.23,24). Ele
desejava estar na plenitude com o Senhor. Todavia, o amor dele pelos gentios
era igualmente intenso. "Ficar na carne" (v.24), aqui, refere-se à
vida física. Isto é: viver para disseminar o Evangelho pelo mundo. Mais do que
escolha pessoal, estar vivo justifica-se apenas para proclamar o Evangelho e
fortalecer a Igreja. Este era o pensamento paulino. Nos versículos 25 e 26, ele
entende que, se fosse posto em liberdade, poderia rever os irmãos de Filipos, e
viver o amor fraterno pela providência do Espírito Santo.
SINÓPSE DO TÓPICO (4)
O dilema de Paulo era, imediatamente, "estar com
Cristo" ou "viver na carne" para edificar os filipenses.
CONCLUSÃO
Paulo resolveu o seu dilema em relação à igreja, declarando
que o seu desejo de estar com Cristo foi superado pela amorosa obrigação de
servir aos irmãos (vv.24-26). Ele nos ensina que devemos estar prontos a
trabalhar na causa do Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar oposição dos
falsos crentes e até privações materiais. O que deve nos importar é o progresso
do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo (vv.25,26).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Alguns pregam Cristo por inveja e porfia, mas outros
de boa mente (1.15).
Posteriormente Paulo voltará sua atenção aos judaizantes,
que distorcem o evangelho insistindo nas obras como algo essencial para a
salvação (3.2-11). Aqui a tensão é pessoal em vez de doutrinária. Alguns se
tornam evangelistas mais ativos por um espírito competitivo, tendo um prazer
perverso no pensamento de que Paulo está atado e incapaz de tentar alcançá-los.
Outros se tornam evangelistas mais ativos por amor, um esforço de aliviar Paulo
da preocupação de que expansão do evangelho retrair-se-á devido à sua
inatividade forçada.
É fascinante ver como Paulo recusa-se a julgar as
motivações, e está encantado com o fato de que, seja pela razão que for, o
evangelho está sendo pregado. Poucos de nós têm essa maturidade. Os críticos de
Paulo poderão ficar amargamente ressentidos com o seu sucesso, mas o apóstolo
não ficará ressentido com eles! Em vez disso ele se regozijará por Cristo estar
sendo pregado, e deixará a questão dos motivos para o Senhor.
Porque sei que disto me resultará salvação (1.19). Paulo não
se refere aqui à sua libertação da prisão. O maior perigo que qualquer um de
nós enfrenta é o desânimo que as dificuldades frequentemente criam"
(RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.437).
VOCABULÁRIO
Locupletarem: Enriquecerem; encherem em demasia; fartarem.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas
Cristãs. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2008.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.37.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, qual foi a principal contribuição
da prisão de Paulo para o Evangelho?
R. Foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo.
2. Como Paulo via o sofrimento?
R. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento
algo passageiro, pois os infortúnios servem para encher-nos de esperança,
conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de "que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8.28).
3. Cite e explique as motivações que predominavam nas
igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava.
R. A primeira motivação era positiva, caracterizada pela
disposição dos filipenses pregarem o Evangelho com destemor e coragem. A segunda
era negativa, pois a sua principal característica era os pregadores que usavam
a prisão do apóstolo para garantir vantagens pessoais.
4. Qual era o maior dilema de Paulo apontado na lição?
R. "Estar com Cristo" ou "viver na
carne".
5. Você está pronto a trabalhar na causa do Senhor, mesmo
que isso signifique enfrentar oposições de falsos crentes, além das privações
materiais ou físicas?
R. Resposta pessoal.
Disponibilizamos a todos, que, quiserem aprender a Palavra de Deus através das Lições Bíblicas Jovens e Adultos da CPAD. Da Escola Bíblica Dominical, faça bom uso da Palavra de Deus através das Lições. Mas por favor, não modifiquem o conteúdo das lições postadas neste blog, e, indiquem a fonte em nome de Jesus!