Data: 9 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30).
VERDADE PRÁTICA
HINOS SUGERIDOS
422, 432, 491.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 37.1-3
Pratique a bondade
Terça - Pv 23.17
Não seja invejoso
Quarta - Fp 1.15
Pregar por inveja e disputa
Quinta - 1 Sm 2.22-25
As maldades dos filhos de Eli
Sexta - Pv 11.19,20
Deus abomina a maldade
Sábado - Ez 36.33
Deus purificará o seu povo de toda a maldade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 2.9-15.
9 - Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
10 - Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo.
11 - Mas aquele que aborrece a
seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva
ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.
12 - Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.
13 - Pais, escrevo-vos, porque
conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque
vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 - Eu vos escrevi, pais,
porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi,
jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já
vencestes o maligno.
15 - Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
INTERAÇÃO
A Palavra de Deus recomenda-nos que sejamos
cheios do Espírito Santo, pois assim não daremos lugar às obras da carne
(Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa natureza pecaminosa,
da nossa carne. Precisamos nos encher constantemente do Espírito Santo
para que possamos ter uma vida santa e justa, livre do pecado. Deus nos
chamou para uma vida de santidade e pureza, por isso, na lição de hoje
estudaremos dois graves pecados que não deveriam jamais encontrar lugar
no coração dos crentes: a inveja e a maldade. A Bíblia declara que os
que cometem tais coisas, se não se arrependerem, “não herdarão o Reino
de Deus” (Gl 5.21).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que a inveja está presente no coração do homem desde a queda.
- Discutir a respeito das consequências da inveja na vida do crente.
- Conscientizar-se dos males advindos da maldade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Providencie cópias da tabela abaixo para os alunos.
Inicie a lição fazendo as seguintes indagações: “O que é inveja?”; “Como
o crente pode livrar-se deste sentimento pecaminoso?”. Ouça com atenção
os alunos e explique que a carne e o espírito são opostos. Somente
teremos vitória sobre as obras da carne, o pecado, se andarmos em
Espírito (Gl 5.16). Em seguida, leia e discuta com os alunos os tópicos
apresentados na tabela.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Inveja: Desejo violento de possuir o bem alheio; desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem.
A lição deste domingo trata de dois graves pecados,
que jamais deveriam ser encontrados na vida do crente: a inveja e a
maldade. A inveja leva à maldade e esta afasta o homem do seu Criador.
Todo aquele que pratica a iniquidade será julgado e condenado por Deus.
Infelizmente, muitos dos que afirmam servir ao Senhor praticam a maldade
e, depois, hipocritamente, escondem-se atrás das máscaras da mansuetude
e da humildade. Mas o Todo-Poderoso não se deixa enganar pelas
aparências. No devido tempo, conforme a parábola do joio e do trigo,
arrancá-los-á e os lançará no lago de fogo.
I. A INVEJA NO PRINCÍPIO DO MUNDO
1. Inveja, um sentimento maléfico. Inveja é o
mesmo que cobiça; um sentimento de desgosto ocasionado pela felicidade
do outro. Invejar é cobiçar e desejar o que a outra pessoa tem. Tal
sentimento nasceu da frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos
atributos divinos (Is 14.12-20). Lúcifer invejou o Senhor; queria ser
maior que o Todo-Poderoso.
No Jardim do Éden, a serpente despertou algo
parecido em Eva, levando-a ao desejo de ser como Deus (Gn 3.1-5). Esse
sentimento ainda motivou o primeiro homicídio da história (Gn 4.5). Por
isso, a manifestação da inveja entre os servos de Deus é condenável por
sua Palavra (Gl 5.26).
2. Maldade, uma ação maligna. A pessoa que
pratica a maldade é naturalmente perversa e está sempre pronta a
prejudicar e a ofender ao próximo. O Senhor abomina os iníquos de
coração e os que tem prazer em praticar o mal (Pv 11.20). Os filhos do
profeta Eli faziam o que era mau diante de Deus, e tiveram por sentença a
morte (1 Sm 2.34; 4.11). Todo aquele que busca ferir ao seu semelhante,
física ou moralmente, age de forma dissimulada, hipócrita e ímpia (Pv
6.16-19). O tal não ficará impune.
3. A inveja leva à maldade. Quem se deixa
contaminar pela inveja, vive angustiado e planejando o mal de seu
próximo. Aliás, a maldade é precedida pela inveja. As Sagradas
Escrituras dão exemplos reais desse duplo pecado. Em Gênesis,
encontramos a história de Caim que, consumido pela inveja, assassinou o
seu irmão, Abel. Tempos depois, os irmãos de José, movidos pela inveja,
vendem-no como escravo para o Egito. Nos Evangelhos, deparamo-nos com os
sacerdotes que, por inveja do Senhor Jesus, tramaram a sua prisão e
morte (Mt 27.18).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A inveja teve origem na frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos de Deus.
II. A INVEJA E SUA CONSEQUÊNCIA
1. Na vida de Caim. O homicídio cometido por
Caim nasceu da inveja que ele nutria por seu irmão, Abel. Ele apresentou
uma oferta ao Senhor que, por causa da má disposição de seu coração,
foi rejeitada por Deus. Ao passo que a de Abel foi aceita, porque este
amava a Deus (Gn 4.1-16). O problema não estava na oferta em si, porque
Deus era adorado, no Antigo Testamento, tanto por sacrifícios vegetais
quanto animais (Lv 2.1-16). O real problema está na qualidade espiritual
e moral do ofertante.
Vendo que o semblante de Caim decaíra por causa da
inveja e do ódio que ele nutria contra o seu irmão, Deus advertiu-o
quanto ao pecado que jazia à porta. Mas Caim permitiu que a inveja se
transformasse em ódio que, mais adiante, leva-o a planejar e a executar o
assassinato de seu irmão. Em consequência de seu crime, Caim é banido
da presença do Senhor (Gn 4.16). O crente deve aprender a controlar as
suas emoções, pois os nossos atos geram consequências que, às vezes,
acompanham-nos durante toda a vida.
2. Na vida dos irmãos de José. José era o
filho amado de Jacó. Por isso, recebeu de seu pai um presente que o
distinguia de todos os seus irmãos (Gn 37.3). Além disso, teve certa vez
dois sonhos que, interpretados, mostravam toda a sua família
curvando-se diante dele. Tais fatos suscitaram a inveja e a maldade de
seus irmãos, pois era-lhes inadmissível que o seu irmão caçula viesse,
um dia, a dominá-los (Gn 37.4-11).
Tomados pela inveja, venderam-no como escravo para o
Egito. Mas, passados treze anos, o Senhor exaltou a José. O escravo
hebreu tornou-se governador do Egito. E, nessa condição, pôde salvar a
sua família, inclusive os que intentaram-lhe o mal (Gn 41-48). Mais
tarde, eles vieram a se arrepender de seus pecados e a reconhecer que
Deus, de fato, estava operando uma grande salvação por intermédio de
José.
3. Na vida do crente. O crente fiel não pode
ser dominado pela inveja, pois tal sentimento é pecado. A Bíblia ensina
que devemos nos alegrar com os que se alegram (Rm 12.15). Mas o invejoso
não consegue alegrar-se com o sucesso e o êxito dos outros, pois não
tem escrúpulos e tudo fará para se apossar daquilo que não lhe pertence.
Infelizmente, há muitos crentes que invejam cargos e
posições, esquecendo-se de que é o Senhor Deus quem chama e capacita os
seus servos para obras específicas. O invejoso, porém, não entende
isso. Por isso, vive amargurado de alma. Quem nutre tal sentimento
precisa mais do que depressa correr aos pés de Cristo e buscar o perdão e
a misericórdia. Se assim não proceder, não herdará a vida eterna.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A inveja é pecado e o crente não pode ser dominado por tal sentimento.
III. A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE
1. No âmbito familiar. O homem e a mulher que
sinceramente servem a Deus não agem com malícia ou com astúcia. Cristo
convida-nos a aprender com Ele a sermos mansos e humildes (Mt 11.29). A
família cristã deve ser diferente e firmar-se como exemplo a ser
seguido. Em nosso lar, por conseguinte, não pode faltar o amor, a paz e a
mansidão. Se, por acaso, você estiver sofrendo com algum familiar,
suporte a provação e vença o mal com o bem (1 Pe 3.8-12).
2. No trabalho. A empresa é o lugar onde
passamos a maior parte do nosso tempo e onde também encontramos pessoas
invejosas, incompetentes e malignas. Nesse ambiente, o servo de Deus
deve aprender a compartilhar a sua fé (sem prejudicar o seu trabalho) e
demonstrar, através de atitudes, que é diferente.
Não faltam relatos de pessoas que sofrem abuso moral
e que têm a sua fé confrontada a todo instante. O desejo de galgar
cargos e posições não é condenável desde que isso ocorra de forma ética e
como fruto do esforço e dos méritos pessoais. É inadmissível, porém, a
um servo de Deus agir de forma desleal e antiética. Devemos ser sal e
luz, para influenciar positivamente o nosso ambiente de trabalho, a fim
de que o nome de Cristo seja glorificado (Mt 5.13-16,20). Ainda que você
seja prejudicado, aja de maneira cristã. O Senhor, no devido tempo, o
honrará (Gl 6.9).
3. Na Igreja. Falar sobre maldades dentro da
igreja pode parecer desnecessário, mas infelizmente não o é. Em nossos
rebanhos, não faltam lobos em pele de ovelha e joio em meio ao trigo. Há
muitos que, em nome de Deus, planejam o mal, ensinam heresias e
profetizam mentiras, trazendo dissensões, rebeliões e escândalos entre
os santos (Mt 7.21-23; 2 Pe 2.1).
A maldade tem minado a fé de muitos. Quantas
pessoas, alvos de calúnias e deslealdades, não se acham desviadas do
caminho do Senhor? A Palavra de Deus diz que de seis coisas odiadas pelo
Senhor, a sétima Ele abomina: semear contendas entre os irmãos (Pv
6.16-19). Mesmo que você esteja padecendo perseguições por parte dos
falsos irmãos, prossiga fielmente, pois o Senhor reservou-lhe uma grande
recompensa (2 Tm 3.12; Gl 2.4; 6.9; 1 Pe 5.4; Ap 2.10). Converse com o
seu pastor; ele saberá como ajudá-lo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A maldade traz consequências maléficas e acaba minando a fé do crente.
CONCLUSÃO
Quem serve a Deus verdadeiramente não deve sentir
inveja do seu próximo nem praticar o mal. O Senhor chamou-nos para ser
luz em meio às trevas. Assim, se você está sendo alvo de inveja e ou de
maldades, procure olhar para o alto, para aquele que lhe dá a salvação e
o livramento. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem
(Rm 12.9,21). Jamais esqueça que os olhos do Senhor estão atentos. Ele é
justo e o seu rosto está voltado para os retos (Sl 11.4-7).
VOCABULÁRIO
Mansuetude: Mansidão.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GEISLER, N. Teologia Sistemática. Volumes 1 e 2, 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. O que é inveja?
R. É um sentimento de desgosto ocasionado pela felicidade do outro; cobiça.
2. O que ocorre com a pessoa que se deixa contaminar peia inveja?
R. Ela vive angustiada e planejando o mal de seu próximo.
3. Como nasceu o homicídio cometido por Caim?
R. Nasceu da inveja que ele nutria por seu irmão, Abel.
4. Podemos galgar cargos e posições profissionais? Explique.
R. Sim, todavia não podemos nos esquecer de que é o Senhor Deus quem chama e capacita os seus servos para obras específicas.
5. Você se considera uma pessoa invejosa e, consequentemente, maldosa? Se sim, está disposta a mudar?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“A história dos primeiros dois rapazes nascidos a
Adão e Eva realça as repercussões do pecado dentro da unidade familiar.
Os rapazes Caim e Abel, tinham temperamentos notadamente opostos. Caim
gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com
animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso. Os
filhos de Adão levaram sacrifícios ao Senhor, o primeiro incidente
sacrificial registrado na Bíblia. Que Abel também trouxe dos
primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura não quer dizer
necessariamente que animais são superiores a planta para propósitos
sacrificais. Por que atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta fica
evidente à medida que a história se desenrola. A primeira pista aparece
quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em
primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva.
Só Caim podia ser o ‘número um’. O Senhor não estava ausente na hora da
adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou
diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou a Caim que ele
estava em real perigo. Se Caim tivesse feito bem, com certeza Deus o
teria graciosamente recebido” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.1, 1.ed., RJ: CPAD, 2005. p.43).
Fonte:Estudante da Bíblia
Obs.: a foto postada no esboço, não faz parte da lição da CPAD e nem da fonte indicada.
Graça e Paz.