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Evangelismo

"EU SOU O BOM PASTOR; O BOM PASTOR DÁ A VIDA PELAS OVELHAS." JOAO 10.11

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Lições Bíblicas
2º Trimestre de 2011
Lição Nº 08 - Data: 22/05/2011
Título: “O Genuíno Culto Pentecostal”
Texto Áureo :1 Co 14.26
Leitura Bíblica em Classe:1 Co 14.26-33,39,40
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
O culto é um ato religioso através do qual o povo de Deus adora o Senhor, entrando em comunhão com Ele, fazendo-Lhe confissão de pecados e buscando, pela mediação de Jesus Cristo, o perdão, a santificação da vida e o crescimento espiritual. Todo culto, por mais poderoso e fervoroso que seja, sempre será uma demonstração de ordem e decência.

II – CULTO E SHOW NÃO COMBINAM:
• Não é apenas a mídia que está usando a palavra “show” para se referir a alguns cultos. No meio evangélico já temos as expressões: “Show da Fé”; “Show gospel”, etc.
• No entanto, o que é show? E o que é culto?
• Segundo o Dicionário Aurélio:
SHOW é “um espetáculo de teatro, rádio, televisão, etc., geralmente de grande montagem, que se destina à diversão, com a atuação de vários artistas de larga popularidade, ou às vezes de um só”.
• CULTO é “adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas, e em qualquer religião”.
• Ora, a Igreja existe, não para oferecer entretenimento, encorajar vulnerabilidade, melhorar auto-estima ou facilitar amizades, mas para adorar a Deus. Se falharmos nisso, a Igreja fracassa.
III – MODISMOS LITÚRGICOS:
• Em muitas Igrejas o tempo destinado à exposição da Palavra é cada vez menor e o tempo reservado aos “shows” é cada vez maior.
• Em alguns cultos já não há lugar para o antigo sermão, nem para algum substituto dele. A decadência do culto transformado em show leva obrigatoriamente a outros absurdos. Vejamos:
• Certas práticas têm invadido as igrejas, tais como a “nova unção”, a “risada santa”, ”o cair pelo Espírito”, “o sopro santo”, “adoração a anjos”, “sessão de descarrego”, “a ingestão das ervas amargas” e outras inúmeras inovações que têm aparecido nos últimos tempos, inovações estas que, muito apropriadamente, estão sendo denominadas de “NEOBESTEIRAS”.
• São todas práticas que misturam feitiçaria, meninice, despreparo espiritual e, o que é primordial, ausência de exposição da Palavra de Deus.
• Tomemos cuidado, queridos irmãos, rejeitemos estes ventos de doutrina e não abandonemos a simplicidade que há em Cristo Jesus (II Cor.11:3). Deus não quer espetáculo, nem precisa de espetáculos para Se manifestar, mas atuará e Se manifestará sempre que tiver corações contritos e espíritos quebrantados dispostos a servi-Lo e adorá-Lo (Sl.51:17), dispostos a se arrepender de seus pecados e buscar uma vida de santificação (Hb.12:14; Ap.22:11).
IV – O CULTO NA IGREJA PRIMITIVA ERA ESPONTÂNEO:
• Leiamos I Cor 14:26; Ef 5:18-21; Cl 3:16-17 e analisemos:
• SALMOS – Hinos do Antigo Testamento cantados ao som de instrumento de cordas, como a harpa.
• DOUTRINAS – Exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente. O seu texto fundamental é a Palavra de Deus.
• REVELAÇÃO – Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta.
• LÍNGUAS – Capacidade de se falar de maneira sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, visando a consolação, exortação e edificação dos santos. Foi outorgado primariamente à Igreja com o objetivo de servir de sinal aos incrédulos. Serve tanto para edificação individual quanto coletiva. Individualmente, quando desacompanhada de interpretação. Mas, quando interpretada, adquire personalidade profética.
• INTERPRETAÇÃO – Exposição, explicação e esclarecimento de um determinado texto das Sagradas Escrituras.
• DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS – Dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, cujo principal objetivo é transformar as línguas estranhas numa mensagem de edificação, exortação ou consolação à Igreja.
• HINOS – Cânticos de louvor a Deus.
• CÂNTICOS ESPIRITUAIS – Hinos cantados em línguas estranhas que, quando interpretados, continham palavras de exortação. A partir da interpretação, a Igreja Primitiva usava-os nos cultos.
V – AS PARTES LITÚRGICAS DO CULTO:
• LITURGIA vem do grego “leiturgia” = SERVIÇO DIVINO. Significa, primariamente, o serviço que prestamos a Deus. Com a evolução dos séculos, passou a designar a linguagem, gestos, cânticos e paramentos usados no culto cristão.
• (1) – ADORAÇÃO DE UM DEUS QUE É SOBERANO, SANTO E JUSTO – Esta parte do culto consta de orações e expressões de glorificação e exaltação do nome de Deus através de leituras da Bíblia. O início do culto é uma preparação, um verdadeiro convite ao homem para se colocar reverentemente diante de Deus (Apc 19:1-7).
• (2) – O RECONHECIMENTO DE NOSSO ESTADO DE PECAMINOSIDADE E A NECESSIDADE DE SENTIRMOS O PERDÃO DE DEUS – (Is 6:5; Sl 51) – A presença de um Deus santo nos leva a sentir a realidade de nosso pecado e a confessá-lo diante dEle.
• (3) – MOMENTO CONGRATULATÓRIO – Esta é a parte do culto em que expressamos diante de Deus os nossos sentimentos mais profundos de gratidão a Ele por todas as dádivas do Seu amor para conosco: bênçãos materiais diárias e constantes (Tg 1:17); pelo perdão de nossos pecados (I Jo 2:1-2); pela salvação alcançada através de Cristo (Rm 8:28-30) e pelas bênçãos espirituais recebidas por intermédio de Cristo (Ef 1:3) – Essa gratidão pode ser expressa através de leitura de textos bíblicos que falam de gratidão, de orações e cânticos de ação de graças.
• (4) – MOMENTO DE EFIDICAÇÃO – Este é clímax do culto, pois é o momento em que Deus fala de maneira especial e o homem ouve. É o momento da revelação da vontade do Senhor através da leitura da Sua Palavra ou da interpretação do texto bíblico pelo pregador. É a hora do comissionamento de Deus ao indivíduo particularmente ou à comunidade de uma maneira geral e coletiva. Este comissionamento tem os seguintes objetivos: convidar os ouvintes a aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor (At 2:37-40; Mt 11:28-30); convidar o ouvinte a participar do processo de sua edificação espiritual e consequentemente da edificação do corpo de Cristo (I Cor 14:4-5, 17-26); convidar o ouvinte a participar do ministério do Senhor (Is 6:8; Mt 28:18-20; Lc 9:1-2; Jo 20:21; At 13:4; 22:21; Rm 10:15).
• (5) – MOMENTO DE DEDICAÇÃO – Esta parte do culto é a resposta do homem àquele comissionamento de Deus. Após ouvir a mensagem o ouvinte pode tomar várias atitudes: dizer “não”; dizer “depois”; ficar indiferente; aceitar a Cristo como seu Salvador; consagrar-se ao serviço de Deus para uma vida de mais piedade cristã, para dedicar os seus bens, o seu tempo e o seus dons ao Senhor e para participar do ministério da Igreja e da obra missionária do Senhor.
• (6) – A CONCLUSÃO DO CULTO – Esta é a última parte do culto, que deve ser rápida e impressionante, a fim de deixar no ouvinte o sabor de todo o processo do culto e no seu coração despertar aquele desejo de maior comunhão com o Senhor. A conclusão do culto é o desfecho final que deve deixar o ouvinte impregnado e impressionado com as realidades da vida espiritual, através de um apelo, de um hino, de uma oração e depois disso, segue-se a bênção e o amém.
VI – OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DO CULTO:
• Os elementos do culto são os meios usados pelo adorador para expressar o culto.
• (1) – A BÍBLIA SAGRADA – Ela é a Palavra de Deus. Ela é o elemento mais importante do culto cristão, pois TODOS OS ATOS DE ADORAÇÃO DEVEM ESTAR BASEADOS NA PALAVRA DE DEUS. As verdades bíblicas devem modelar o ato de culto, bem como as idéias e o comportamento do adorador (I Sm 15:22-23; Mt 15:9). A bíblia aparece no culto sob diversas formas. As principais são:
• (1.1) – A LEITURA (INDIVIDUAL, CONJUNTA ou ALTERNADA) – I Tm 4:13; I Ts 5:27; Apc 1:3
• (1.2) – A PREGAÇÃO; Lc 4:16-30
• (1.3) – O CÂNTICO (CONGREGACIONAL, CORAL, CONJUNTOS, SOLOS) – Cl 3:16
• (1.4) – AS SAUDAÇÕES – II Cor 1:-6; e
• (1.5) – AS BÊNÇÃOS PASTORAIS. II Cor 13:13
• Por exemplo: – Ne 9:1-5 – Os israelitas leram o Livro da Lei do Senhor durante três horas e passaram outras três horas confessando os seus pecados e adorando o Senhor. Imitemos, pois, os bons exemplos registrados na Palavra de Deus.
• (2) – A ORAÇÃO – Orar é cumprir uma ordem do Senhor (Lc 18:1; I Ts 5:17). A oração é indispensável ao cristão, que deve praticá-la individualmente e coletivamente (Mt 6:5-8; At 12:12 cf Rm 8:15; Gl 4:6). A Bíblia ensina que a oração faz parte do culto particular e público.
• (2.1) – As orações nas reuniões da Igreja, devem ser uma constante (At 1:14; 4:24; 12:5; 21:5; Lc 1:10; Mt 18:19)
• (2.2) – As orações devem ser dirigidas a Deus (Mt 4:10)
• (2.3) – As orações devem ser feitas por meio e em nome de Jesus (Ef 2:18; Hb 10:19)
• (2.4) – As orações devem ser acompanhadas de humildade e ação de graças (Gn 18:27; Fp 4:6; Cl 4:2)
• (2.5) – As orações podem ser feitas em silêncio ou audivelmente, nas posturas diversas (Mc 11:25; At 20:36; Mt 26:39; I Tm 3:8)
• (3) – A MÚSICA – Também se destaca como um elemento indispensável ao culto. A Igreja sempre usou hinos e cânticos na expressão do seu culto (Rm 15:9; I Cr 14:15; Ef 5:19; Cl 3:16; Tg 5:13; Apc 5:9; 14:3; Mt 26:30)
• (4) – OS SACRAMENTOS – Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus, para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e, solenemente, obrigá-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a Sua palavra. HÁ SOMENTE DOIS SACRAMENTOS INSTITUÍDOS POR JESUS:
• (4.1) – O BATISMO – Mt 28:19; e
• (4.2) – A SANTA CEIA – Mt 26:26-30.
• (5) – OFERTAS – O ato de ofertar e contribuir faz parte do culto. A oferta sempre foi um elemento integrante da adoração a Deus e uma expressão de fidelidade (Dt 12:4-7; Ml 3:10; Mc 12:41-44; II Cr 8:12-18; Hb 13:16). Nosso progresso espiritual depende de ofertarmos a Deus – I cor 9:5, 10.
VII- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Atualmente, a Igreja é o Israel de Deus (Gl. 6:16), a nação santa que veio substituir Israel na dispensação da graça como povo anunciador da salvação de Deus aqui na Terra (Mt. 16:18; Ef. 2:13-22; I Pe.2:9).
• A Bíblia afirma que, quando a Igreja se reúne, deve haver, na devoção coletiva, salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação, tudo com o propósito de edificação (I Cor. 14:20).
• Em sendo assim, deve a Igreja reunir-se coletivamente para adorar ao Senhor e, através desta adoração, mostrar a glória de Deus a todos os povos, para que eles, com temor e tremor, creiam em Cristo como seu único e suficiente Salvador (I Cor. 14:24, 25).

FONTES DE CONSULTA:
1) Revista Educação Cristã – volume IX – Imprensa da Fé
2) Idem – volume I
3) Dicionário Teológico – CPAD – Claudionor de Andrade
4) Revista e Educação Cristã Volume IX – SOCEP – Sociedade Cristã
Evangélica de Publicações Ltda
5) A Mensagem de I Coríntios – ABU –Editora S/C – David Prior e John R. W. Stott
6) Novo Comentário Contemporâneo – Efésios, Colossenses e Filemom – Editora Vida – Arthur G. Patzia



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