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Evangelismo

"EU SOU O BOM PASTOR; O BOM PASTOR DÁ A VIDA PELAS OVELHAS." JOAO 10.11

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Vigilância contra os Inimigos


Neemias 4

Sambalate e Tobias, tradicionais inimigos dos judeus, se enfureceram ao vê-los organizados e empenhados na reconstrução dos muros de Jerusalém.
Sua primeira reação foi de sarcasmo e de desprezo. Diante dos seus irmãos e do exército de Samaria, o governador Sambalate zombou dos que edificavam dizendo:
  • "Que fazem estes fracos judeus?" Os judeus não tinham força militar para se impor sobre os seus vizinhos, e ele os despreza por isso diante do seu próprio exército.
  • "Permitir-se-lhes-á isso?" Sambalate era governador de Samaria e poderia ter ambicionado governar a Judéia também, mas a vinda de Neemias teria prejudicado seus planos. Ele põe em dúvida a autoridade de Neemias.
  • "Sacrificarão?" O sacrifício aos deuses era uma prática usada pelos povos pagãos para conseguir a sua ajuda em suas empreitadas. Esta é uma ironia de Sambalate, que não cria no SENHOR, o Deus de Israel.
  • "Acabá-lo-ão num só dia?" Ele se surpreendeu com a grande disposição dos judeus para o trabalho, e procurou desanimá-los apontando para o longo tempo que seria necessário para a conclusão da obra.
Estas perguntas, feitas em tom de zombaria, tinham alguma base. O povo estava ciente da sua fraqueza e da enormidade da obra que haviam começado, e da oposição que estava surgindo por parte dos outros povos entre os quais conviviam naquela região. Tinham já bons motivos para duvidar se realmente teriam condições de completar a obra por si próprios. O inimigo usa o escárnio como uma arma, e ela pode cortar profundamente, causando o desânimo e o desespero.
Tobias, por sua vez, acrescentou que "Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra". Para que empregar tanto trabalho e tempo em alguma coisa sem valor?
São perguntas que nos vêm imediatamente quando temos diante de nós um projeto de grande envergadura: Somos capazes? Estamos autorizados? Temos a aprovação de Deus? Podemos dispor de todo o tempo que vai levar até terminar? Quando terminado valerá a pena todo o esforço despendido?
Sambalate e Tobias sugeriam que o povo respondesse "não" a todas essas perguntas. Neemias não tinha a menor dúvida que a resposta era "sim" e conhecia muito bem a razão por que os seus inimigos procuravam levantar dúvidas entre o povo, portanto ele sequer condescendeu a falar com eles.
Notemos que Neemias não procurou vingar-se a si próprio, mas deixou a justiça nas mãos de Deus, pedindo que fizesse cair a vergonha sobre a cabeça dos seus inimigos, para que fossem um despojo em terra de cativeiro e que nunca os perdoasse, porque haviam irritado a Deus diante dos edificadores.
A nós é mandado "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." (Romanos 12:19-21).
O povo se dedicou cordialmente ao trabalho, chegando até à metade da altura do muro. Os inimigos Sambalate e Tobias, bem como os arábios e os amonitas, eram informados do progresso que ia sendo feito. Ao saber que os reparos tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos e se juntaram para planejar um ataque a Jerusalém e causar confusão.
Novamente Neemias e os seus companheiros oraram a Deus e também colocaram guardas de dia e de noite para se protegerem. Devemos fazer o que podemos e Deus suprirá o que nos falta.
Neemias constantemente combinava a oração com preparação, planejamento e ação. A oração assegurava o apoio divino naquilo que ele sabia que correspondia com a vontade de Deus. É a atitude correta daquele que anda com Deus: primeiro assegurar-se qual seja o desejo de Deus, em seguida orar pedindo o Seu apoio e direção, em seguida colocar mãos à obra. Devem-se fazer as três coisas.
Tendo cuidado da defesa contra o inimigo externo, Neemias teve também que enfrentar o desgaste que estava acontecendo internamente entre os judeus, causado pelo desânimo e o medo:
  • Os carregadores se cansavam com o trabalho constante e ainda havia muito entulho para tirar. Estavam já se convencendo que nunca iriam conseguir reconstruir o muro por si mesmos.
  • Os que moravam perto dos inimigos, ouviam quando eles falavam entre si planejando ataques de surpresa para matar os que trabalhavam e acabar com o seu trabalho, e corriam amedrontados até Neemias para dizer que seriam atacados por todos os lados.
Imediatamente Neemias tomou as providências devidas: escolheu alguns do povo, pelas suas famílias, como sentinelas, bem armados com espadas, lanças e arcos, e os posicionou atrás dos pontos mais baixos do muro, que eram os mais vulneráveis, nos lugares abertos de onde podiam ver melhor.
Neemias colocou cada homem na posição em que podia ver e defender a sua própria família, o que lhes daria mais tranqüilidade. Se estivessem longe, eles estariam em dúvida sobre a sua segurança. Ele próprio os inspecionou rapidamente para ter certeza que estavam bem colocados e armados. Neemias também disse ao povo que não tivessem medo pois o Senhor é grande e temível, e estimulou-os a lutar pelas suas famílias.
Com isso os inimigos descobriram que Deus havia frustrado a sua trama e que haviam perdido o elemento de surpresa no ataque que planejavam. Todo o povo então se voltou para o muro, cada um para o seu trabalho.
Quando sentirmos que não podemos dar conta de um projeto, por causa das dificuldades e mesmo oposição que estamos enfrentando, é bom lembrar o propósito de Deus para a nossa vida, e o valor do que fazemos para Ele, pois Ele tem condições para nos suprir o que nos falta, e de abafar toda a oposição.
Os trabalhadores estavam espalhados ao longo do muro. Para que o trabalho não parasse, mas ao mesmo tempo estivessem preparados para algum ataque, Neemias ordenou que metade fizesse o trabalho de construção enquanto a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais lhes davam o seu apoio.
Com esse plano de defesa, o povo estava unido e protegido. Devemos também estar unidos como igreja de Cristo dando apoio uns aos outros, e orando uns pelos outros. Precisamos uns dos outros em nosso trabalho na obra de Deus e em nossa defesa contra o inimigo das nossas almas.
Os que se moviam de um lugar para outro, carregando entulho e materiais, portanto isolados, faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma - também cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava.
O nosso inimigo, o diabo também anda ao redor procurando tirar vantagem das nossas fraquezas. Devemos estar alertas, cada um de nós, usando a armadura que Deus nos dá (Efésios 6:13-18).
Neemias também introduziu um sistema de alarme, para que todos pudessem se juntar ao ouvir o som da trombeta tocada pelo homem que estava com Neemias, pois estavam espalhados ao longo do muro. O simples fato de saber que a trombeta seria ouvida se houvesse uma emergência, seria suficiente para tranqüilizar os trabalhadores. Não sabemos se houve algum incidente em que a trombeta foi usada. Neemias confiava na proteção de Deus.
Neemias e seus companheiros mantinham vigilância constante, vestidos em prontidão de dia e de noite. O crente também deve vigiar constantemente.
(1 Pedro 5:8-9)  "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo".





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